- GABRIEL VALIM ALCOBA RUIZ -
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Encarando a folha em branco - dando vazão a criatividade
Em primeiro lugar, é necessário reconhecer o papel que se pretende com um desenho. Se, por um lado, é razoável exigir alta precisão no desenho técnico de um engenheiro que modela uma aeronave ou um prédio – porque de sua habilidade dependem vidas – esse não é o contexto de muitos desenhos.
Quando o exercício ocorre visando o entretenimento, pouca ambição implícita há, além da diversão pessoal daqueles que desenham. Além disso, mesmo no âmbito profissional não há necessariamente a obrigação da alta precisão do desenho técnico: cartunistas como o Glauco Villas Boas não são reconhecidos pelo alto grau de refinamento de seus desenhos, quando comparado a renascentistas como Leonardo da Vinci, mas sim pelo seu estilo cômico e pelas criativas narrativas criadas. Assim, a preocupação com a forma do desenho, frequentemente, sobrepõe a preocupação com o conteúdo, o que é injustificado em diversos contextos.
Desafiando o papel
O desenho abstrato será trabalhado sobretudo no livro Um olhar criativo (Jenny, 2014c). Nele, o autor propõe exercícios de observação e experimentação, fazendo uso de borras de café, papel amassado, madeira, tecido, nuvens, linhas de costura jogadas, retalhos, tachinhas, pregos e parafusos etc. Por meio da observação da desorganização, Jenny propõe que o leitor tente encontrar figuras e padrões ocultos. Talvez um urso se esconda nas nuvens, talvez uma calça jeans amassada possa revelar um rosto a depender do ângulo e da parte em que se enfoca. A criatividade, assim, seria desenvolvida para o autor por meio da experimentação com diferentes texturas, imagens e luzes, buscando reconhecer nisso possibilidades.
A arte final
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação . 9 ed. Petrópolis: Vozes, 1993.
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